Friday, April 13, 2007

As charges do Correio do Povo

Agora que o clima eleitoral já passou há muito, tendo boa parte da grande imprensa brasileira chafurdado na lama da (anti)ética jornalística, quero expressar aqui meu pesar específico pelo comportamento do jornal Correio do Povo, jornal que meu avô lia antigamente. Desde então, o Correio apequenou-se, em todos os sentidos. Da Zero Hora a gente não espera mais nada, mas ao menos o Correio nos dava uma certa ilusão de haver esperança. Agora foi tudo pro brejo.
Não é necessário nenhuma tese de doutorado em lingüística ou medir os centímetros quadrados para comparar o tratamento dado ao governo Lula com o recebido pelo Rigotto ou pelo Fogaça, ao longo dos 4 anos de mandato dos dois primeiros. Basta olhar uma coisa muito simples: as charges do jornal. Dia sim, dia não, lá está o Lula crucificado sob algum pretexto. É um país livre, com uma imprensa livre, então os cartunistas também são livres, certo? Isto seria ótimo para a democracia, se fosse verdade.
Neste caso, sem dúvida teríamos a oportunidade de ver, em pelo menos um dos 1500 dias do seu mandato, também algumas ou QUEM SABE UMA ÚNICA CHARGE DO RIGOTTO!!! (Pago R$ 100 para quem me trouxer uma) Será que ele e seu governo foram perfeitos? (Aposto mais R$ 100 que o da Yeda também o será.) Ou então o Lula, por sua figura mais carismática, folclórica, popular, "se presta mais" para a charge do que o Rigotto, um sujeito sério e afinal de contas, gaúcho (e não nordestino), gente como a gente... Só faltou eu falar "branco", né? Pois é isto, só um racismo enrustido explica a postura do CP. Pena que um instrumento tão significativo para a democracia como a charge se preste para isso.

1 Comments:

At 7:36 am, Blogger Moysés Lopes said...

Santi:

Essa foi punk... Eu não tinha me dado conta disso, mas agora que falaste me parece tão óbvio...

Estamos órfãos de imprensa escrita em Porto Alegre. Ainda bem que existem blogs.

Um abraço,

Moysés Lopes.

 

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